Dormir na cama dos pais não é uma boa referência para a criança.
Não é raro um casal deixar o filho pequeno dormir com eles na cama quase costumeiramente.
Mas isso só deve acontecer em uma situação excepcional.
A criança necessita de regras bem estabelecidas para criar importantes conceitos, como o que é dela e o que é do outro, ou qual é o papel do filho e o dos pais.
O quarto do casal é um espaço que deve se destinar só à sua intimidade.
Vez ou outra acolher a criança na cama durante uma amanhecer de domingo chuvoso por causa dos trovões, não tem problema.
Pelo contrário, gera um sentimento enorme de proteção e amparo. Tudo certo!
Agora, a criança ficar na cama dos pais numa quinta feira qualquer por charminho, chantagem, birra ou sedução, nem pensar!
A cama do casal se destina a intimidade deles. Cada filho deve ter sua própria cama. Mas, claro, há outras exceções.
Contudo, não estimule como regra que sempre haverá exceções e compreenda que quanto menores elas são mais precisam de normas estáveis duradouras e se possível sem quebrá-las.
As crianças tem dificuldades em compreender o significado das exceções, por algum tempo a cognição se organiza em torno das estruturas estáveis.
Elas estão tentando entender como o mundo funciona e precisam de ajuda nesse sentido. Cabe aos pais prover referências claras.
O que está em jogo nesse momento são as fronteiras entre:
– “o meu e o do outro”,
– “o que me inclui e o que me exclui”,
– “o que pertence ao mundo dos adultos e o que pertence ao mundo das crianças”,
– “para que eu sou convidado e para que eu não sou”,
– “em que consiste os papel de filho e dos pais”.
O quarto do casal é destinado a sua intimidade e cumplicidade.
Em razão disso, se os pais não souberem deixar claro que há uma fronteira, os filhos ficaram confusos a respeito de todas essas distinções importantes.
Dai então entramos em um tema relevante na criação de filhos. “Limites”.
Ele não inclui apenas o “sim e o não”, mas também “o quando”, “o se”, “o até que ponto”, o “para quais finalidades”.
Assim sendo, da mesma forma que se delimita: “nesta sala não se faz refeições”, também há de se delimitar quem dorme em que lugar.
Quando o pai ou a mãe está ausente, não é conveniente convidar a criança para dormir na companhia do adulto que permaneceu em casa.
A criança associará a ausência do pai ou da mãe com a possibilidade de substituí-la.
Se a criança está doente, com medo ou com dificuldades para dormir é mais sensato que o pai ou a mãe ficar no quarto da criança atá que ela se sinta segura e adormeça.
A Creche do Papai deseja que sua criança cresça educada e te dê muito orgulho!